Empreender ou não? intenção empreendedora de estudantes de administração e ciências contábeis
DOI :
https://doi.org/10.29327/237867.8.2-8Mots-clés :
Intenção empreendedora, Teoria do Comportamento Planejado, Empreendedorismo, Estudantes universitáriosRésumé
O objetivo deste trabalho é identificar e analisar os fatores extrínsecos e intrínsecos que influenciam a intenção empreendedora de estudantes de uma instituição de ensino superior. Utilizou-se abordagem de natureza quantitativa e descritiva, com um questionário com escala Likert para a coleta e mensuração dos dados. A amostra contemplou 203 estudantes dos cursos de graduação em Administração e Ciências Contábeis, do primeiro ao oitavo semestre. O tratamento e a análise dos dados abrangeu estatísticas descritivas, análise fatorial exploratória, análises de confiabilidade e de correlação. Os principais resultados indicam que a carreira de empreendedor é percebida como favorável pelos alunos de Administração e Ciências Contábeis de diferentes períodos, sendo percebida como mais atraente do que o trabalho formal. Considerando o modelo de pesquisa de intenção empreendedora, verificou-se que a atitude em relação à criação de uma nova empresa e o controle comportamental percebido exercem influência positiva na intenção de empreender, não sendo constatada influência direta das normas subjetivas sobre a intenção dos estudantes. A principal contribuição teórica/metodológica refere-se à inclusão, no modelo de pesquisa, de questões relativas à experiência empreendedora anterior e à educação em gestão empreendedora, tendo essas questões apresentado significativa correlação com a intenção empreendedora. Os resultados da pesquisa apontam que é importante o ensino de empreendedorismo e gestão no meio acadêmico, já que essas disciplinas estimulam a intenção empreendedora. Revelam, ainda, a importância de estimular os alunos a participar de projetos de ensino, pesquisa e extensão que tenham como tema o empreendedorismo.
Références
Adekiya, A. A., & Ibrahim, F. (2016). Entrepreneurship intention among students. The antecedent role of culture and entrepreneurship training and development. The international journal of management education, 14(2), 116-132.
Ajzen, I. (1991). The Theory of Planned Behavior. Organızational Behavior And Human Decision Processes. 50, 179-211.
Ajzen, I. (2002). Perceived behavioral control, self‐efficacy, locus of control, and the theory of planned behavior 1. Journal of applied social psychology, 32(4), 665-683.
Autio, E., H. Keeley, R., Klofsten, M., GC Parker, G., & Hay, M. (2001). Entrepreneurial intent among students in Scandinavia and in the USA. Enterprise and Innovation Management Studies, 2(2), 145-160.
Birchler, E. A., & Teixeira, A. (2018). A Intenção Empreendedora de Estudantes e os fatores que a influenciam. Revista de Negócios, 22(2), 7-22.
Brito, B. A. V. D., Kuniyoshi, M. S., Cappellozza, A., & Vieira, A. M. (2022). Determining factors of entrepreneurial intention: a study with entrepreneurs and potential entrepreneurs of the state of Acre. Revista de Administração da UFSM, 15, 290-310.
Camozzato, E. S., Serafim, F. K., de Melo Cavalheiro, C. C., Lizote, S. A., & Verdinelli, M. A. (2018). Estilo cognitivo e intenção empreendedora dos estudantes de administração. Revista Gestão Universitária na América Latina-GUAL, 11(3), 105-121.
Carr, J. C., & Sequeira, J. M. (2007). Prior family business exposure as intergenerational influence and entrepreneurial intent: A theory of planned behavior approach. Journal of business research, 60(10), 1090-1098.
Carvalho, P., & González, L. (2006). Modelo explicativo sobre a intenção empreendedora. Comportamento organizacional e gestão, 12(1)43-65.
Couto, C. D., Mariano, S. R. H., & Mayer, V. F. (2010). Medição da intenção empreendedora no contexto brasileiro: desafios da aplicação de um modelo internacional. Encontro Da Anpad, 34.
Davidsson, P. (1995). Determinants of entrepreneurial intentions. In RENT XI Workshop.
Fayolle, A., Gailly, B., & Lassas-Clerc, N. (2006). Effect and counter-effect of entrepreneurship education and social context on student's intentions. Estudios de economía aplicada, 24(2), 509-523.
Ferreira, A. D. S. M., Loiola, E., & Gondim, S. M. G. (2017). Preditores individuais e contextuais da intenção empreendedora entre universitários: revisão de literatura. Cadernos Ebape. BR, 15(2), 292-308.
Günther, H. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?. Psicologia: teoria e pesquisa, 22(2), 201-209.
Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. Bookman editora.
Hecke, A. P. (2011). A intenção empreendedora dos alunos concluintes dos cursos de graduação em administração em ciências contábeis das instituições de ensino superior de Curitiba-PR. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná], AcervoDigital da UFPR/· BIBLIOTECA DIGITAL: Teses & Dissertações/Teses & Dissertações, https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/25849/Dissertacao_Adriana_Paffrath_Hecke.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Kacperczyk, A. J. (2013). Social influence and entrepreneurship: The effect of university peers on entrepreneurial entry. Organization Science, 24(3), 664-683.
Krueger Jr, N. F., Reilly, M. D., & Carsrud, A. L. (2000). Competing models of entrepreneurial intentions. Journal of business venturing, 15(5-6), 411-432.
Krueger, N. F. (2017). Entrepreneurial intentions are dead: Long live entrepreneurial intentions. Revisiting the Entrepreneurial Mind: Inside the Black Box: An Expanded Edition, 13-34.
Krüger, C., Bürger, R. E., & Minello, I. F. (2019). O papel moderador da educação empreendedora diante da intenção empreendedora. Revista Economia & Gestão, 19(52), 61-81.
Kuckertz, A., & Wagner, M. (2010). The influence of sustainability orientation on entrepreneurial intentions–Investigating the role of business experience. Journal of business venturing, 25(5), 524-539.
Küttim, M., Kallaste, M., Venesaar, U., & Kiis, A. (2014). Entrepreneurship education at university level and students entrepreneurial intentions. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 110, 658-668.
Lima, E., Lopes, R. M. A., Nassif, V. M. J., & Silva, D. (2015). Ser seu próprio patrão? Aperfeiçoando-se a educação superior em empreendedorismo. Revista de Administração Contemporânea, 19, 419-439.
Lima, E., Nassif, V. M. J., Lopes, R. M. A., & Silva, D. D. (2014). Educação Superior em Empreendedorismo e Intenções Empreendedoras dos Estudantes – Relatório do Estudo GUESSS Brasil 2013-2014. Grupo APOE–Grupo de Estudo sobre Administração de Pequenas Organizações e Empreendedorismo, PPGA-UNINOVE. Caderno de pesquisa, (2014-03).
Lima, S. H. O., Ceglia, D., Rebouças, S. M. D. P., & Teixeira, A. A. (2016). Modelagem de intenção empreendedora de estudantes universitários usando equações estruturais. Revista Pretexto, 17(2), 42-65.
Liñán, F. (2004). Intention-based models of entrepreneurship education. Piccolla Impresa/Small Business, 3(1), 11-35.
Liñán, F., & Chen, Y. W. (2009). Development and cross–cultural application of a specific instrument to measure entrepreneurial intentions. Entrepreneurship theory and practice, 33(3), 593-617.
Liñán, F., & Fayolle, A. (2015). A systematic literature review on entrepreneurial intentions: citation, thematic analyses, and research agenda. International Entrepreneurship and Management Journal, 11, 907-933.
Liñán, F., Nabi, G., & Krueger, N. (2013). British and Spanish entrepreneurial intentions: A comparative study. Revista de economía Mundial, 33, 73-103.
Liñán, F., Urbano, D., & Guerrero, M. (2011). Regional variations in entrepreneurial cognitions: Start-up intentions of university students in Spain. Entrepreneurship and regional development, 23(3-4), 187-215.
Loiola, E., Gondim, S. M. G., Pereira, C. R., & Ferreira, A. S. M. (2016). Ação planejada e intenção empreendedora entre universitários: analisando preditores e mediadores. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 16(1), 22-35.
Marcon, D. L., Silveira, A., & Frizon, J. A. (2020). Empreender ou não? Fatores condicionantes da intenção empreendedora. Revista de Administração FACES Journal, 19(1), 64-79.
Marcon, D. L., Silveira, A., & Frizon, J. A. (2021). Intenção empreendedora e a influência das teorias do comportamento planejado e dos valores humanos. Revista de Gestão e Secretariado, 12(1), 178-204.
Marôco, J. (2014). Análise de equações estruturais: Fundamentos teóricos, software & aplicações. ReportNumber, Lda.
Martins, F. S., Santos, E. B. A., & Silveira, A. (2019). Intenção empreendedora: Categorização, classificação de construtos e proposição de modelo. BBR. Brazilian Business Review, 16, 46-62.
Mat, S. C., Maat, S. M., & Mohd, N. (2015). Identifying factors that affecting the entrepreneurial intention among engineering technology students. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 211, 1016-1022.
Oliveira, B. M. F., Vieira, D. A., Laguía, A., Moriano, J. A., & Soares, V. J. S. (2016). Intenção empreendedora em estudantes universitários: adaptação e validação de uma escala (QIE). Avaliação Psicológica, 15(2), 187-196.
Oliveira, S., & Leal, S. (2015). A intenção empreendedora dos estudantes: uma análise aos seus antecedentes. I Jornadas Ensino do Empreendedorismo em Portugal, 25-42.
Paiva, L. E., Sousa, E. S., Lima, T. C., & Silva, D. D. (2020). Comportamento planejado e crenças religiosas como antecedentes da intenção empreendedora: Um estudo com universitários. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 21(2), 1-29.
Ramos, M. P. (2013). Métodos quantitativos e pesquisa em ciências sociais: lógica e utilidade do uso da quantificação nas explicações dos fenômenos sociais. Mediações: revista de ciências sociais. Londrina, PR. 18(1), 55-65.
Schaefer, R., Nishi, J. M., Grohmann, M. Z., Löbler, M. L., & Minello, Í. F. (2017). Valores pessoais, atitudes e intenção empreendedora: Um estudo com estudantes de graduação em administração. Revista Economia & Gestão, 17(47), 123-143.
Sousa, E. D. S., Paiva, L. E. B., Santos, A. R., Rebouças, S., Pedro, M. D., & FONTENELE, R. E. S. (2020). A influência das crenças religiosas na intenção empreendedora: uma análise sob a perspectiva da Teoria do Comportamento Planejado. Cadernos EBAPE. BR, 18(1), 200–215..
Souza, R. S., Silveira, A., & do Nascimento, S. (2018). Ampliando a mensuração da intenção empreendedora. Revista de Administração FACES Journal, 17(2), 74-93.
Teixeira, A. A., & Davey, T. (2010). Attitudes of Higher Education students to new venture creation: a preliminary approach to the Portuguese case. Industry and Higher Education, 24(5), 323-341.
Thompson, E. R. (2009). Individual entrepreneurial intent: Construct clarification and development of an internationally reliable metric. Entrepreneurship theory and practice, 33(3), 669-694.
Zarelli, P. R., Otto, E. M., & Junior, S. L. (2021). Intenção empreendedora entre estudantes universitários: Influência das características e treinamento empreendedor. Revista Gestão Organizacional, 14(3), 299-320.
Zhang, P., Wang, D. D., & Owen, C. L. (2015). A study of entrepreneurial intention of university students. Entrepreneurship Research Journal, 5(1), 61-82.
Téléchargements
Publié-e
Versions
- 2023-09-13 (5)
- 2023-09-13 (4)
- 2023-07-18 (3)
- 2023-07-16 (2)
- 2023-07-16 (1)
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista de Empreendedorismo e Gestão de Micro e Pequenas Empresas 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Divulgação e compartilhamento:
A revista permite a divulgação dos artigos publicados (p´os print) em webpage pessoais e institucionais dos autores, repositórios institucionais e temáticos, bem como em redes sociais.
Os artigos são licenciados sob a versão Atribuição-NãoComercial-Compartilhamento pela mesma Licença 4.0 Internacional