DESAFIOS NA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE UM “SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTEIO” NUMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR: UMA BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE

Autors/ores

  • Valber Lugão de Souza UFES
  • Rogério Zanon da Silveira UFES
  • Douglas Roriz Caliman UFES
  • Janyluce de Rezende Gama UFES

Paraules clau:

Contabilidade de Custos. Institucionalização. Administração Pública. Controle de Custos.

Resum

O governo brasileiro vem buscando incentivar as instituições públicas a implementar os instrumentos normativos voltados para a questão do tema Sustentabilidade, visando proteger o meio ambiente e reduzir gastos públicos. Porém, a mensuração de custos no setor público perpassa por diversas dificuldades. O objetivo desse estudo foi compreender o processo de implantação de um sistema de controle de gastos numa IFES, no estado do Espírito Santo, no período de 2011 a 2019.  No estudo de caso, utilizou-se de entrevistas e da Análise de Conteúdo de Bardin (1979) para a análise de dados.  Entre os desafios encontrados, destaca-se a busca de um sistema de custo próprio e específico, bem como a necessidade de capacitação e mobilização dos servidores envolvidos no sistema. Verificou-se o envolvimento do corpo técnico para o êxito da implantação do sistema, aberto à utilização do instrumento de gestão estudado. Porém, ainda assim, o sistema vem sendo utilizado de forma esparsa e incompleta.

Biografies de l'autor/a

Valber Lugão de Souza, UFES

Valber Lugão de Souza

Mestre em Gestão Pública

Universidade Federal do Espírito Santo

Av. Fernando Ferrari - Vitoria, ES

Tel.: (27) 3335 2291 – valber.souza@ufes.br

Rogério Zanon da Silveira, UFES

Prof. Dr Rogério Zanon da Silveira

Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública

Universidade Federal do Espírito Santo

Av. Fernando Ferrari - Vitoria, ES

Tel.: (27) 3335 2200 – rogério.silveira@ufes.br

Douglas Roriz Caliman, UFES

Prof. Dr. Douglas Roriz Caliman

Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública

Universidade Federal do Espírito Santo

Av. Fernando Ferrari - Vitoria, ES

Tel.: (27) 3335 2289 – douglas.caliman@ufes.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3615-5376

Janyluce de Rezende Gama, UFES

Profª. Drª Janyluce de Rezende Gama

Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública

Universidade Federal do Espírito Santo

Av. Fernando Ferrari - Vitoria, ES

Tel.: (27) 3335 2200 – janylucegama@gmail.com

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6680-0428

Referències

Bardin, L. (2006).Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70 - LDA.

Bastos, R. C.(1987). Sistemas de custos para universidades federais autárquicas. Revista de Administração Pública (RAP), Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 58-81.

Brasil. (2018). Portaria no 3, de 27 de Fevereiro de 2018. Institui as diretrizes do Programa da Agenda Ambiental na Administração Pública - Programa A3P (seção 1, no 41, pp. 65). Brasília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil.

Beuren, I. M. (1993). Evolução Histórica da Contabilidade de Custos.Contab. Vista & Revista, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 61-66.

Burns, J. Scapens, R. W.(2000). Conceptualizing Management Accounting Change: an institutional framework. Management Accounting Research, n. 11, p. 3–25.

Cader, Renato; Villac, Tereza. Governança e Sustentabilidade: Por Que esse Tema Importa no Brasil? R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 184-197, Jan.-Abr. 2023. Disponível em: https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista_v25_n1/revista_v25_n1_184.pdf

Campos, R. Paiva, D. Gomes, S.(2013). Gestão da informação pública: um estudo sobre o Portal Transparência Goiás. Sociedade e Estado,Brasília, v. 28, n. 2, p. 393-417, Ago. 2013 . Disponível em :<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922013000200012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 Out. 2019.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 00. Dispõe sobre Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro e dá outras providências. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2019.

Davenport, T. H. (1998).Ecologia da Informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura.

Dimaggio, P. J. Powell, W. W. (1983). The Iron Cage Revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review, v.48, n.2, p.147-160.

Feijó, P. H. (2010).Sistema de Informação de Custos do Governo Federal. Entrevista concedida a Nelson Machado, Brasília.

Gil, A. C. (2008).Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas.

Guerreiro, R. Frezatti, F. Casado, T.(2004). Em Busca do Entendimento da Formação dos Hábitos, Rotinas e Instituições da Contabilidade Gerencial. In: Congresso USP de 16 Controladoria e Contabilidade, 4, 2004, São Paulo. Anais. São Paulo-SP, Universidade de São Paulo, 2004. CD-ROM.

Holanda, V. B. Lattman-Weltman, F. Guimarães, F. (2010). Sistema de informação de custos na administração pública federal: uma política de Estado. Rio de Janeiro: FGV.

Kaplan, R. S. Norton, D. P. (1997).A estratégia em ação: balanced Scorecard. 24. ed. Rio de Janeiro: Campus.

Kardec, A.Flores, J. Seixas, E. (2002).Gestão estratégica e indicadores de desempenho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

Machado, N. Holanda, V. B. (2010). Diretrizes e modelo conceitual de custos para o setor público a partir da experiência no governo federal do Brasil. Revista de Administração Pública, v. 44, n. 4, p. 791-820.

Maria, C. J. Oliveira, J. A. L.(2015). Custos no Setor Público: Aplicação da Contabilidade de Custos nos Serviços Públicos de Saúde Municipais. In: XXI Congresso Brasileiro de Custos, Anais, Foz do Iguaçu.

Martins, E. (2003).Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo, SP: Atlas.

Meyer, J. W. Rowan, B. (1977). Institutionalized Organizations: Formal Structure as Myth and Ceremony. American Journal of Sociology, v. 83, n. 2, p. 340-363.

Moraes, R. (1999).Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32.

Ministério do Meio Ambiente (2024). Responsabilidade Socio-Ambiental. História. Disponível em: http://a3p.mma.gov.br/historia/

Rezende, F. Cunha, A. Bevilacqua, R. (2010). Informações de custos e qualidade do gasto público: lições da experiência internacional. Revista de Administração Pública (RAP), v. 44, n. 4, p. 959-992.

Richardson, R. J. Peres, J. A. S. (2012). Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas.

Russo, P. T.Parisi, C. Megliorini, E. Almeida, C. B. (2012). Evidências de elementos de institucionalização do Balanced Scorecard na obra “A estratégia em ação”: um olhar baseado na teoria institucional. Revista Contabilidade & Finanças - USP, v. 23, n. 58, p. 7-18.

Russo, P. T. Parisi, C. Pereira, C. A.(2016). Evidências das forças causais críticas dos processos de institucionalização e desinstitucionalização em artefatos da contabilidade gerencial. Revista Contemporânea de Contabilidade, Florianópolis, v. 13, n. 30, p. 03-33, dez. 2016. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/article/view/2175-8069.2016v13n30p3>. Acesso em: 09 jun. 2018.

Santana, G. A. S. Mário, P. C. Sediyama, M. Y. N. (2009). Análise do orçamento sob uma abordagem teórica da perspectiva institucional. Revista de Contabilidade e Controladoria. Paraná, v.1, n.3, p. 200-216.

Scapens, R. W. (1994). Never mind the gap: towards an institutional perspective on management accounting practice.Management Accounting Research, 5, p. 301- 321.

Tolbert, P. S. Zucker, L. G. (1999). A institucionalização da teoria institucional. In: CLEGG, Stewart R.; HARDY, Cynthia; NORD, Walter R. Handbook de Estudos Organizacionais, v.1.

Trevisan, M. Nascimento, F. Madruga, L. R. R. G.Neutzling, D. M. Figueiró, P. S.Bossle, M. B. (2012).As Influências da Institucionalização Organizacional na Operacionalização da Ecologia Industrial: Possíveis Facilidade e Obstáculos. Revista de Administração - UFSM, Santa Maria, v. 5, Edição Especial, p. 683-698.

Triviños,A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Yin, R. K. (2005). Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.

Zucker, L. G. (1987). Institutional Theories of Organization. Anual Review of Sociology, v. 13, p. 443-464.

Publicades

2024-10-15

Com citar

Lugão de Souza, V., Zanon da Silveira, R., Roriz Caliman, D., & de Rezende Gama, J. (2024). DESAFIOS NA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE UM “SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTEIO” NUMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR: UMA BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE. Revista De Empreendedorismo E Gestão De Micro E Pequenas Empresas, 9(03), 48–65. Retrieved from https://revistas.editoraenterprising.net/index.php/regmpe/article/view/808