Terra Boa de Mulheres Fortes: Germinando o Empreendedorismo Feminino no Solo Pós Tempestade

Autores

  • Kailaini Eduarda da Silva Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR
  • Cristiane Marques de Mello Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

Palavras-chave:

Empreendedorismo Feminino, Crise Sanitária, Autonomia Econômica, Resiliência, Interseccionalidade

Resumo

This research aims to analyze the contemporary dynamics of female entrepreneurship in the post-pandemic context, focusing on the municipality of Terra Boa, Paraná. The study integrates both quantitative and qualitative approaches to broadly and critically capture the persistent effects of the Covid-19 health crisis on women-led businesses. Through the application of structured and semi-structured questionnaires with nine local female entrepreneurs, the research examined variables related to business sustainability, adaptation strategies, and the reconciliation of social and entrepreneurial roles. The findings highlight the centrality of entrepreneurship as a strategy to confront economic exclusion and labor precariousness, especially among women who juggle multiple roles and lack institutional support. Despite the absence of significant growth in the post-crisis period, notable resilience was observed, evidenced by the continuity of businesses, the adoption of digital practices, and the achievement of structural goals. This study contributes to the expansion of reflections on the intersectionality of gender, labor, and territory by problematizing the limits and potential of female entrepreneurship in peripheral realities, reinforcing its relevance as an instrument of autonomy and socio-productive transformation in adverse contexts.

Biografia do Autor

Cristiane Marques de Mello, Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

Doutora em Administração pela Universidade Positivo. Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Especialista em Gerenciamento de Micro e Pequenas Empresas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). 

Link lattes: http://lattes.cnpq.br/2215329612129225

 

Referências

Alves, M. H., & Guimarães, N. A. (2009). A divisão sexual do trabalho e a desvalorização da mão de obra feminina. In A. B. F. Silva (Ed.), Gênero e trabalho: reflexões críticas (pp. 25–42). São Paulo: Expressão Popular.

Alves, N. C., & Triviños, A. N. S. (2013). Introdução à pesquisa em ciências sociais: A pesquisa qualitativa em educação – O positivismo, a fenomenologia, o marxismo. Formação (Online), 1(20). https://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/2335

Amaral, G. A. (2012). Os desafios da inserção da mulher no mercado de trabalho. Itinerarius Reflectionis: Revista eletrônica do curso de pedagogia do campus Jataí, Universidade Federal de Goiás, 8(2), 1–20.

Andrade, M. M. (2002). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: Noções práticas (5ª ed.). São Paulo: Atlas.

Ávila, M. B., & Portes, L. H. (2012). A sobrecarga de trabalho feminino e seus impactos na saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 37(125), 85–94. https://doi.org/10.1590/S0303-76572012000100010

Azambuja, M. P., Silva, R. M., & Costa, M. F. (2007). Múltiplas jornadas de trabalho e saúde mental de mulheres. Revista de Saúde Pública, 41(4), 665–672. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000400020

Barbosa, F. C., Carvalho, C. F., Simões, G. M. M., & Teixeira, R. M. (2011). Empreendedorismo feminino e estilo de gestão feminina. Revista da Micro e Pequena Empresa, 5(2), 124–141.

Beutell, N., & O’Hare, M. (2018). Work schedule and work schedule control fit: Work-family conflict, work-family synergy, gender, and satisfaction. SSRN. https://doi.org/10.2139/ssrn.3105671

Bomfim, L. C. S., & Teixeira, R. M. (2015). Empreendedorismo feminino: Desafios enfrentados por empreendedoras na gestão de pequenos negócios no setor de turismo. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 9(2), 48–69.

Boone, L. E., Kurtz, D. L., & Block, C. S. (2009). Contemporary marketing (13th ed.). South-Western Cengage Learning.

Bruschini, M. C. A., & Prüppin, V. M. A. (2004). Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, 34(123), 37–59. https://doi.org/10.1590/S0100-15742004000100003

Calás, M. B., & Smircich, L. (1998). On femininity and feminist organizational theories. In S. R. Clegg, C. Hardy, & W. R. Nord (Eds.), Handbook of organization studies (pp. 218–257). SAGE Publications.

Carranza, E., Dhakal, C., & Love, I. (2018). Female entrepreneurs: How and why are they different? Washington, DC: World Bank. https://doi.org/10.1596/1813-9450-8644

Carter, S., & Robb, A. (2002). The impact of finance on women-owned businesses: A review of the literature. Small Business Service.

Castells, Manuel. (2005). A sociedade em rede. 8th ed. São Paulo: Paz e Terra.

Cavada, M. C., Maffini Gomes, C., & Sampaio, C. A. C. (2017). O processo empreendedor em empresas criadas por necessidade. Gestão & Produção, 24(1), 119–131. https://doi.org/10.1590/0104-530X1932-15

Cordeiro de Souza, H. (2023). O empreendedorismo e suas principais vertentes teóricas: Uma visão crítica. Revista Estudos e Pesquisas em Administração, 7(1). https://doi.org/10.30781/repad.v7i1.14558

Cruz, R. C., & Moraes, R. L. (2013). O impacto da crise na sustentabilidade de micro e pequenas empresas: Um estudo de caso. Revista de Administração da UFSM, 6(2), 336–355.

Dolabela, F. (2006). O segredo de Luísa: Uma ideia, uma paixão e um plano de negócios (24ª ed.). Cultura Editores Associados.

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

Freitag, R. M. (2018). Teoria crítica: ontem e hoje. Impulso, 28(70), 15–28.

Goldenberg, M. (1997). A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record.

Governo Federal. (2020). Boletim do Mapa de Empresas - Impactos da pandemia de COVID-19. Ministério da Economia. https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/publicacoes/boletins/boletim-do-mapa-de-empresas

He, H., & Harris, L. (2020). The impact of Covid-19 pandemic on corporate social responsibility and marketing philosophy. Journal of Business Research, 116, 176–182. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2020.05.030

IBGE. (2022). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua: 3º trimestre de 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. https://www.ibge.gov.br/

Lindo, J. M., Sanders, N. J., & Oreopoulos, P. (2004). Ability, gender, and performance standards: Evidence from academic probation. National Bureau of Economic Research Working Paper Series, No. 17427.

Loiola, E. (2016). Empreendedorismo feminino e as múltiplas jornadas de trabalho. Revista Científica do UNIFATEA, 9(2), 95–110.

Longo, A. R., Rabelo, A. G., & Silva, L. G. (2017). O protagonismo da mulher empreendedora no Brasil: uma análise da liderança feminina. Revista Interfaces Científicas - Humanas e Sociais, 5(2), 19–32.

Machado, H. V., Paiva, E. L., & Souza, E. M. (2016). Empreendedorismo e gênero: Um estudo com mulheres empreendedoras no Brasil. Revista de Administração Mackenzie, 17(4), 124–149. https://doi.org/10.1590/1678-69712016/administracao.v17n4p124-149

Mangold, W. G., & Faulds, D. J. (2009). Social media: The new hybrid element of the promotion mix. Business Horizons, 52(4), 357–365.

Michel, M. H. (2005). Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. Revista Atlas.

Micozzi, A., & Lucarelli, C. (2016). Heterogeneity in entrepreneurial intent: The role of gender across countries. International Journal of Gender and Entrepreneurship, 8(2), 173–194.

Minayo, M. C. S. (Org.). (2001). Pesquisa social: teoria, método e criatividade (18ª ed.). Vozes.

Murani, M., & Meron, M. (2016). Como contar o trabalho das mulheres? In A. R. de Paiva Abreu, H. Hirata, & M. R. Lombardi (Eds.), Gênero e trabalho no Brasil: perspectivas interseccionais (pp. xx-xx). Boitempo.

Oliveira, J. (2020). 716.000 empresas fecharam as portas desde o início da pandemia no Brasil, segundo o IBGE. El País. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-07-19/716000-empresas-fecharam-as-portas-desde-o-inicio-da-pandemia-no-brasil-segundo-o-ibge.html

Paoli, M. C. P. M. (1987). Trabalhadores urbanos na fala dos outros: tempo, espaço e classe operária brasileira. Cultura e Identidade Operária: Aspectos da Cultura da Classe Trabalhadora. UFRJ/Marco Zero. Disponível em: https://biblio.fflch.usp.br/Paoli_MCPM_9_771685_TrabalhadoresUrbanosNaFalaDosOutros.pdf

Pluut, H., Ilies, R., Curseu, P. L., & Liu, Y. (2018). Social support at work and at home: Dual buffering effect in the work-family conflict process. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 146, 1–13.

Probst, E. R. (2003). A evolução da mulher no mercado de trabalho (Monografia de Especialização). Instituto Catarinense de Pós-graduação, Florianópolis.

Ratten, V. (2020). Coronavirus and international business: An entrepreneurial ecosystem perspective. Thunderbird International Business Review, 62(5), 629–634.

Relatório Digital 2021. (2021). Data Reportal. Disponível em: https://www.slideshare.net/DataReportal/digital-2021-brazil-january-2021-v01 Acesso em: 10/11/2023.

Santos, C. M. M. (2012). As mulheres brasileiras: do espaço privado da casa para as posições executivas nas organizações brasileiras (Dissertação de Mestrado). PUC Minas, Belo Horizonte.

SEBRAE. (2020). O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios (2ª ed.). https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal

Silva, M. S., Lasso, S. V., & Mainardes, E. W. (2016). Características do empreendedorismo feminino no Brasil. Revista Gestão e Desenvolvimento, 13(2), 150–167.

Simões, F. I. W., & Hashimoto, F. (2012). Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares do século XX. Revista Vozes dos Vales: Publicações Acadêmicas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 1(2).

Simões, A., Ferreira, J., & Lopes, R. (2012). Empreendedorismo feminino e conciliação trabalho-família: desafios e estratégias. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 1(2), 45–62.

Siqueira, E. D. (2020). A atuação do marketing digital como meio para divulgação do marketing social frente à pandemia de COVID-19 no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 5(5), 55–64.

Souza, A. A. de, Ruppin, L. W., Cunha, N. G., & Freitas, J. M. (2014). Os desafios enfrentados pelos empreendimentos solidários: Um estudo na Região Metropolitana de Belo Horizonte - MG. In VIII Encontro de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (EGEPE), Goiânia. http://www.egepe.org.br/anais/tema02/315.pdf

Tiryaki, G. F. (2008). A informalidade e as flutuações na atividade econômica. Estudos Econômicos, 38(1), 97–125.

Villas Boas, A. (2010). Valor feminino: Desperte a riqueza que há em você. Edição do Autor.

Wu, Z. A. (2012). Second-order gender effects: The case of US small business borrowing cost. Entrepreneurship Theory and Practice, 36(3), 443–463.

Publicado

2025-05-12

Como Citar

Eduarda da Silva, K., & Marques de Mello, C. (2025). Terra Boa de Mulheres Fortes: Germinando o Empreendedorismo Feminino no Solo Pós Tempestade. Revista De Empreendedorismo E Gestão De Micro E Pequenas Empresas, 10(2), 229–252. Recuperado de https://revistas.editoraenterprising.net/index.php/regmpe/article/view/900