A importância da Governança Corporativa na captação de recursos bancários pela ótica dos gerentes das Instituições Financeiras e das Pequenas e das Médias Empresas que compõem o Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste de Pernambuco
Palavras-chave:
Governança, PME, Bancos, Arranjo Produtivo LocalResumo
Esse artigo teve como objetivo identificar a importância governança corporativa impacta na captação de recursos bancário das pequenas e médias empresas que compõem o arranjo produtivo local de confecções do Agreste de PE na visão dos gestores bancários e dos gestores das empresas. Por meio da análise fatorial, os mecanismos de governança estudados transpência, prestação de contas e conselho, foram dividios em 5 fatores divulgação, seriedade, relatórios basilares e extras e o conselho, se mostraram relevantes na ótica dos gestores dos bancos e esses mecanismos, de forma geral, também foram adotados pela empresas pesquisadas. Os resultados encontrados demonstraram indícios que a adoção das práticas de governança influenciam na sua estrutura de capital, ou seja, podem facilitar na obtenção de dívida com terceiros, especialmente, o bancário. Entretanto, percebe-se que as pequenas e médias empresas ainda adotam de forma incipiente a governança, já que as variáveis relacionadas à governança (transparência, prestação de contas e conselho) apresentaram uma média geral de 3,394, 3,076 e 3,9, respectivamente.
Referências
Abor, J.; & Adjasi; C. KD. (2007). Corporate governance and the small and medium enterprises sector: theory and implications. Corporate Governance: The international journal of business in society, 7(2), 111-122.
Almeida, J. E. F. De & Martins, E. A. (2014). Demonstrações contábeis. In J. E. F. Almeida, R. L. Cardoso, A. Rodrigues, E. J. & Zanoteli, Contabilidade das pequenas e médias empresas.
Almeida, M. A. & Santos, J. F. (2016). Estrutura de capital e divulgação voluntária de informações de responsabilidade social corporativa das empresas brasileiras. Revista de Ciências da Administração, 18 (45), 109-126.
Al-Najjar, B.; & Al-Najjar, D. (2017)."The impact of external financing on firm value and a corporate governance index: SME evidence", Journal of Small Business and Enterprise Development, 24.
Ang, J. S. (1991). Small business uniqueness and the theory of financial management. Journal of small business finance, 1(1), 1-13.
Caneghem, &T. V.; Campenhout, G. V. (2010). Quantity and quality of information and SME financial structure. Small Business Economics, 39(2), 341-358.
Carmona, P., Fuentes, C. D. & Ruiz, C. (2016). Risk disclosure analysis in the corporate governance annual report using fuzzy-set qualitative comparative analysis. Revista de Administração de Empresas, 56(3), 342-352.
Ching, H. (2010). Contabilidade e finanças para não especialistas. Edição 3º. São Paulo: Pearson Education.
CRC, Conselho Regional de Contabilidade. ITG 1000 – ME ou EPP. 2012. Disponível em: <https://fiscalizacao.crcpr.org.br/itg_1000_me_epp.html#:~:text=A%20ITG%201000%20estabelece%20que,final%20de%20cada%20exerc%C3%ADcio%20social. >. Acesso em: 10 mar. de 2022.
D´Amato, C. L.; Galvão, M.; Villaça, N. A. G.; Jorge, R. K. & Tavares, Z. (2012). Curso básico de finanças: entendendo finanças de maneira prática e objetiva. São Paulo: Atlas, 2012.
Dong, Y. & Men, C. (2014). SME financing in emerging markets, Emerging Markets Finance & Trade, 50 (1),120-149.
Dunne, T. C. & Mcbrayer, G. A. (2019). In the interest of small business’ cost of debt: A matter of CSR disclosure. Journal of Small Business Strategy, 29 (2), 58-71.
Eisenhardt, K. M. (1989). Agency theory: an assessment and review. Academy of Management Review, 14(1), 57-74.
Erdogan, A. I. (2018). Factors affecting SME access to bank financing: na interview study with Turkish bankers. Small Enterprise Research, 23-35.
Field, A.; Miles, J.; Field, Z. (2012). Discovering statistics using R. Sage Publications, 2012.
Fonseca, C. V. C.; Silveira, R. L. F. & Hiratuka, C. (2016). A relação entre a governança corporativa e a estrutura de capital das empresas Brasileiras no período 2000-2013 . Enfoque Reflexão Contábil, 35 (2), 35-52.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.
Hakimaha, Y.; Pratamab, I.; Fitric, H.; Ganatrid, M.; Sulbahri, R. A. (2019). Impact of Intrinsic Corporate Governance on Financial Performance of Indonesian SMEs. International Journal of Innovation, Creativity and Change, 7(1), 32-51.
Hair, J. F. (2009). Análise multivariada de dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman.
Hart, O. (1995). Corporate governance: some theory and implications. The Economic Journal, 105(430), 678-89.
IBGC, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2014). Caderno de Boas Práticas de Governança Corporativa Para Empresas de Capital Fechado: um guia para sociedades limitadas e sociedades por ações fechadas. São Paulo.
_____, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2009). Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4. ed. São Paulo, IBGC.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2017: taxa de sobrevivência foi de 84,8%. Disponícel em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/>. Acesso em: 10 jan de 2021.
JAIN, S.K & GUMPERT, D.E. (1980). ‘‘Look to outsiders to strengthen small business boards’’, Harvard Businesss Review, 58, 162-70.
Karoui, L., Khlif, W.,& Ingley, C. (2017). SME heterogeneity and board configurations: an empirical typology. Journal of Small Business and Enterprise Development, 24(3), 545-561.
Kumar, S., & Rao, P. (2016). Financing patterns of Indian SMEs during 2006 to 2013: An empirical analysis. Journal of Small Business & Entrepreneurship, 28(2), 97-131.
Mahlawat, S.; & Batra, V. (2020). Analyticl study on role of MSME financingin developmen of economy. International Journalof Advanced Science and Technology, 29(3), 513-521.
Matias, M. N. (2009). A assimetria informacional no financiamento das micro e pequenas empresas. Revista TOC, 114, 59-60.
Michaelas, N., Chittenden, F.; Poutziouris, P. (1999). Financial policy and capital structure choice in U.K. SMEs: Empirical evidence from Company Panel Data. Small Business Economics, (12), 113-130.
MINISTÉRIO DO TURISMO. Compras impulsionam o turismo doméstico. 2014 Disponível em: < http://www.turismo.gov.br/ultimas-noticias/711-compras-impulsionam-o-turismo-domestico.html>. Acesso em: 07 jun. 2015.
Mishkin, F. S. (2000). Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Rio de Janeiro: LTC.
Montemerlo, D., Gnan, L., Schulze, W.; Corbetta, G. (2004).‘Governance structures in Italian family SMEs’, in S. Tomaselli and L. Melin (Eds.) 15th FBN World Conference Research Forum Proceedings, FBN – IFERA Publications.
OCDE. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Launch of “Digital for SMEs” Initiative. (2019). Disponível em: https://www.oecd.org/fr/industrie/launch-of-digital-for-smes-initiative-paris-november-2019.htm. Acesso em: 10 set de 2020.
Padoveze, C. L.; Benedicto, G. C de. (2007). Análise das demonstrações financeiras. 2. Ed. São Paulo: Thomas Learning.
Panda; B.; & Leepsa, N. M. (2017). Agency theory: Review of Theory and Evidence on Problems and Perspectives. Indian Journal of Corporate Governance, 10(1), 74-95.
Parsa, S.; Chong, G.; & Isimoya, E. (2007). Disclosure of governance information by small and medium‐sized companies. Corporate Governance: The international journal of business in society, 7(5), 635–648.
Pestana, M., & Gageiro, J. (2008). Análise de dados para ciências sociais-A complementaridade do SPSS Lisboa: Edições Sílabo.
Pindyck, R. S.; & Rubinfeld, D. L. (2013). Microeconomia (8 ed). Makron Books.
Quintiliani, A. (2019). Impact of Financial Transparency on SMEs’ Value. Journal of Applied Finance & Banking, 9(6), 285-300.
Ralio, V. R. Z.; & Donadone, J. C. (2015). Estudo sobre o histórico de atuação do SEBRAE na consultoria para micro e pequenas empresas brasileiras. Gestão da Produção, Operações e Sistemas, 10(2), 33-47.
Ramos, R. S., Santos, J. F., Vasconcelos, A. F. (2017). A Gestão Dinâmica do Capital de Giro na Indústria de Confecções de Pernambuco. Revista Universo Contábil, 13(4), 84-103.
Santos, V.; Dorow, D. R.; & Beuren, I. M. (2016). Práticas gerenciais de micro e pequenas empresas. Revista Ambiente Contábil, 8(1), 153-186.
Schuster, W; E.; Friedrich, M. P. A. (2017). A Importância da Consultoria Empresarial na Gestão Financeira das Micros e Pequenas Empresas. Revista de Administração IMED, 7(2), 183-205.
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Total de empresas brasileiras. (2021). Disponível em:https:/datasebrae.com.br/totaldeempresas/>. Acesso em: 10 abr. 2021. SECRETARIA DE TURISMO. Feira de Caruaru (PE) é revalidada como Patrimônio Cultural do Brasil. 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/turismo/pt-br/secretaria-especial-da-cultura/assuntos/noticias/feira-de-caruaru-pe-e-revalidada-como-patrimonio-cultural-do-brasil.>. Acesso em: 10 abr. 2021. Serra, S.; & Lemos, K. (2020). A Influência da governança corporativa e do auditor na divulgação sobre riscos. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 8(3), 106-124.
Silva, A. L. C. da; & Leal, R. P. C. (2007). Governança Corporativa: evidência empíricas no Brasil. São Paulo Atlas.
Süsi, V.& Lukason, O. (2019). Corporate governance and failure risk: evidence from Estonian SME population. Management Research Review, 42(6), 703-720.
Umrani, A. I.; Johl, S. K.; Ibrahim, M. Y. (2015). Corporate Governance Practices and Problems Faced By SMEs in
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista de Empreendedorismo e Gestão de Micro e Pequenas Empresas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Divulgação e compartilhamento:
A revista permite a divulgação dos artigos publicados (p´os print) em webpage pessoais e institucionais dos autores, repositórios institucionais e temáticos, bem como em redes sociais.
Os artigos são licenciados sob a versão Atribuição-NãoComercial-Compartilhamento pela mesma Licença 4.0 Internacional